Ginecologia Regenerativa Funcional e Estética

Essa área da ginecologia busca restabelecer, restaurar, regenerar e recuperar a região íntima ao seu estado original (ou ao mais semelhante possível).

O processo natural e fisiológico de envelhecimento é comum a todos e esse processo gera a perda de funcionalidade de diferentes partes do corpo, incluindo a região genital interna (vagina) e externa (vulva), devido a redução de colágeno e dos níveis de hormônios produzidos pelos ovários. Fatores externos como trauma de parto, variações de peso, tabagismo, etilismo, constituição genética, doenças dermatológicas e auto- imunes também podem afetar a genitália feminina.

A ginecologia regenerativa funcional e estética é o nome dado ao conjunto de procedimentos que buscam devolver a funcionalidade e a estética dessa área, sendo capaz de devolver o bem-estar físico e mental relacionado à região genital, indo além da parte estética, cuidando da funcionalidade e recuperando a qualidade de vida. O principal objetivo da ginecologia regenerativa é rejuvenescer, restaurar a anatomia do assoalho pélvico, estimular a sexualidade e harmonizar a região genital, recuperando a autoestima e a confiança da mulher. Esses procedimentos são possíveis de serem realizados em toda área genital feminina incluindo a região vulvar (pequenos lábios, grandes lábios, clitóris e monte de vênus), a vagina e o períneo.

A menopausa pode ter como consequência a atrofia genital e os sintomas como ressecamento vaginal, dor durante a relação sexual, perda urinária e infecções urinárias e vaginais de repetição. Nessa fase da vida os recursos da ginecologia regenerativa podem ajudar a amenizar sintomas de desconforto, tratar diversas condições e trazer mais qualidade de vida, além de melhorar a questão estética, funcional e sexual.

As opções de tratamentos oferecidos são: terapia de reposição hormonal, estimulação da musculatura perineal com correntes, peelings, cosmecêuticos, preenchimentos, clareamento, microagulhamentos, fios de PDO, botox, ultrassom microfocado, laser e radiofrequência, além das cirurgias íntimas. O laser e a radiofrequência são minimamente invasivos, realizados em consultório e oferecerem ótimos resultados com rápida recuperação. É possível realizar também pequenas cirurgias íntimas com a aplicação dessas energias, como a redução dos pequenos lábios vaginais (ninfoplastia ou labioplastia) e a retirada de cistos de vulva (bartholinectomia), dentro do consultório, com anestesia local, oferecendo conforto, segurança, menor custo e ótimos resultados.

A ginecologia tem sofrido uma revolução nos últimos anos e se expandiu muito além da prevenção e tratamento de doenças ginecológicas. Nesse cenário, os tratamentos da ginecologia regenerativa são indicados para pacientes que sofrem com atrofia, diminuição da lubrificação, flacidez ou alargamento vaginal, incontinência urinária leve, escurecimento ou manchas vulvares, como alternativa às pacientes que não podem utilizar hormônios e em alterações estéticas na vulva, como as assimetrias e hipertrofias de pequenos lábios.

Se você se sente insatisfeita com algum ponto na sua região genital não deixe de apontar em consulta para que juntas possamos escolher o melhor tratamento para seu caso!

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Pré-Natal

O pré-natal é o acompanhamento realizado pelo médico obstetra em conjunto com equipe multidisciplinar à gestante e seu bebê. Seu principal objetivo é garantir uma gestação saudável e diagnosticar e tratar possíveis complicações precocemente, sendo recomendado para todas as gestantes e iniciado tão logo se confirme a gravidez. Os cuidados pré-natais podem salvar vidas, uma vez que sejam implementados oportunamente e baseados em práticas adequadas.

O ideal não é que o pré-natal comece quando a paciente já está esperando o bebê, mas sim antes gestação. Existem muitas medidas iniciadas antes da concepção que promovem a saúde materno-fetal, além da identificação e correção de possíveis condições de saúde que podem impactar negativamente na evolução de uma gestação saudável, como doenças tireoidianas, diabetes, hipertensão, distúrbios tromboembólicos, além de prevenção de perdas gestacionais e malformação fetal.

As consultas de pré-natal devem ser mensais até o sétimo mês. Após passam a ser quinzenais e no último mês são semanais. Em caso de complicações gestacionais o número de consultas deve ser reorganizado pelo médico responsável.

Durante as consultas é realizado o cálculo da idade gestacional e da data provável do parto, o esclarecimento de todas as dúvidas da mulher sobre a gravidez e o parto, orientações nutricionais, de medicamentos e vacinas, comportamentais e do uso de vitaminas, além de exame físico, aferição do peso materno e da pressão arterial. Além disso, são solicitados exames laboratoriais de sangue e urina, além das ultrassonografias específicas de cada período da gestação. A avaliação fetal é sempre realizada por mim utilizando o ultrassom com a avaliação não só dos batimentos cardíacos fetais como também do crescimento, placenta, líquido amniótico entre outros parâmetros de vitalidade.

O meu objetivo durante a assistência pré-natal é que tais cuidados promovam uma experiência positiva durante a gravidez, uma gravidez saudável para mãe e feto (incluindo prevenção e/ou tratamento de riscos e doenças), além de promover acolhimento nessa fase tão especial, mas cheia de medos e inseguranças. Minha função é também garantir segurança durante todo esse processo, garantindo uma transição eficaz para o trabalho de parto e a construção de uma maternidade positiva.

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Terapia de Reposição Hormonal

A terapia de reposição hormonal (TRH) é um tratamento indicado para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor, secura vaginal, alterações do humor, disposição e memória, insônia além de prevenir a osteoporose.

Esse tratamento pode ser feito com o uso de remédios, adesivos, gel, creme, comprimido ou implantes subdérmicos contendo hormônios na sua composição. Os hormônios utilizados na mulher nesse cenário são basicamente estrogênio, progesterona e testosterona, em combinações, doses e vias de administração individualizada, a depender de cada caso.

Esse tratamento repõe os níveis dos hormônios femininos, principalmente de estrogênios e progesterona, ajudando a aliviar os sintomas moderados a graves desse período e previne alterações que podem acontecer como consequência da desregulação hormonal.
A escolha da prescrição e/ou manutenção da TRH depende diretamente da avaliação clínica individual e de uma decisão compartilhada com a paciente, após a exposição dos potenciais benefícios e riscos associados. Vias de administração, tempo de duração do tratamento e seguimento clínico devem ser considerados na decisão clínica.

A TRH é recomendada não somente na menopausa fisiológica, mas também em casos de menopausa cirúrgica, insuficiência ovariana primária e menopausa precoce. As principais indicações de TRH na menopausa fisiológica são: tratamento de sintomas vasomotores (fogachos ou ondas de calor), síndrome genitourinária (secura vaginal) e prevenção de osteoporose e fraturas osteoporóticas.

Em mulheres menopausadas há menos de 10 anos e sem contra- indicação ao uso de hormônio, o início da terapia estrogênica reduz o risco cardiovascular e mortalidade geral, além de trazer benefícios nos níveis lipídicos, na função endotelial e no metabolismo da glicose. Outros benefícios da TRH são: melhora de distúrbios do humor e do sono, da resistência insulínica e na prevenção do diabetes, da demência, melhora da qualidade de vida, prevenção de doenças cardiovasculares e proteção para o desenvolvimento de câncer colorretal.

Para as mulheres nessa fase com inúmeros sintomas que impactam negativamente na qualidade geral de vida, não deixem de procurar um ginecologista que te acolha, escute, apoie e entenda sobre reposição hormonal. Juntas podemos alcançar grandes resultados e transformar esse momento em uma fase mais leve e prazerosa.

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Métodos contraceptivos

Métodos contraceptivos são estratégias ou ferramentas utilizadas com o objetivo de prevenir a gravidez, seja impedindo o encontro de espermatozoide com o óvulo, bloqueando a ovulação pelo organismo feminino, ou atuando na viabilidade dos espermatozoides.

Existem diversos métodos contraceptivos disponíveis no Brasil, e podemos dividir as opções em:

– métodos comportamentais: “tabelinha”, coito interrompido, temperatura basal e lactação.

– métodos de barreira: preservativo masculino, feminino, diafragma

– métodos definitivos e cirúrgicos: vasectomia para os homens ou laqueadura tubárea para as mulheres

– métodos de longa duração: (LARC’s – Long Acting Reversible Contraception): dispositivos intras uterinos não hormonais (cobre e cobre com prata), dispositivos intras uterinos hormonais a base de progestágeno (Mirena® e Kyleena®) e implante subdérmico com progestágeno (Implanon®).

– métodos hormonais: podem ser combinados a base de estrogênio e progesterona ou isolados apenas com um progestágeno. Existem na forma de pílulas orais, adesivos transdérmicos, injetáveis trimestrais, injetáveis mensais e anel vaginal. Dentre os métodos hormonais podemos ainda optar por cíclicos, ou seja com pausa para menstruar, ou contínuos, sem pausa.

A escolha do melhor método passa sempre por uma consulta detalhada que busca identificar possíveis fatores de risco que contra indiquem algum método, avaliação de hábitos e estilo de vida, a fim de encontrar o método que mais se adeque a cada mulher. Não existe um método contraceptivo melhor do que outro, mas sim o método que melhor se adeque a individualidade de cada mulher.

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